Estou assistindo neste momento o programa "Bem Estar" programa que vem em seguida ao de Ana Maria Braga. E um dos temas abordados é o zumbido no ouvido. Diz que atinge 28 milhões de brasileiros. A médica convidada especializada em otorrinolaringologia falando sobre o problema apontou como uma causa comum de zumbido no ouvido a "ingesta de doces". E uma moça ouvida pelo programa sofria de um tipo de zumbido que lhe lembrava o barulho de turbina de avião. E a médica que tratou dela pediu para que ela diminuísse o consumo de açúcar e de café. Não gosto dessa maneira complacente dos profissionais de saúde lidar com o açúcar. Falar em "ingesta de doces" fica parecendo que o problema se resume aos doces. Diminuir o consumo de açúcar é um conselho que dá margem à gente perguntar: por que apenas diminuir o consumo de um troço que está fazendo mal? Por que não zerar o consumo, detonar o açúcar da dieta, varrer o açúcar da mesa. Zumbido no ouvido é apenas um pequeno mal da folha corrida do açúcar. A PANDEMIA de cárie não existiria se não houvesse açúcar na comida. Cada brasileiro consome mais de 60 quilos de açúcar em média ao ano. Esse consumo absurdo de açúcar é que responde pela epidemia de obesidade que já é um problema de saúde pública. Voltando ao zumbido, o açúcar consumido provoca um aumento na produção de insulina jogada na corrente sanguínea pelo pâncreas. A insulina provoca um desequilíbrio bioquímico nas estruturas internas do ouvido levando ao zumbido. No meu livro Açúcar o perigo doce, menciono as conclusões do dr Yotaka Fukuda que aponta para o consumo de açúcar como causador de labirintite, hipertensão arterial, etc. Segundo o médico os sintomas são: vertigem, tontura, náusea, vômito, taquicardia, suor frio, palidez. Junto com a vertigem surge o zumbido, a irritabilidade a ruídos, etc.
O doutor Fukuda e seu orientador de tese dr. Luiz Mangabeira Albernaz criaram um modelo bioquímico que explica como o açúcar agride ao mesmo tempo os sistemas digestivo, nervoso e glandular. No seu livro o doutor Fukuda fala da agressão do açúcar nos bebês. O corpitcho deles não possui enzimas suficientes para quebrar as moléculas de açúcar de cana colocado na mamadeira. Algumas moléculas de sacarose são absorvidas e incorporadas pelo mecanismo chamado de pinocitose (envolvimento das moléculas de sacarose pelas células intestinais). O sistema imunológico reage produzindo substâncias vasoativas (serotonina e histamina) em grande quantidade que provocam reações alérgicas tipo: coceira, transpiração, furúnculo, vermelhidão, cera no ouvido, espirro, nariz entupido, edema, palpitações no coração zinho do bebê, herpes, gengivite, afta, pigarro, tosse, rouquidão, respiração ruidosa, azia, má digestão, arroto, flatulência e fraqueza.
Esse programa Bem Estar devia todo dia levar um médico diferente para falar dos males do açúcar. Neurologia, gastroenterologia, dermatologia, oftalmologia todas as especialidades médicas têm o que dizer dos males do açúcar. E falta um trabalho que unifique esses conhecimentos fragmentados. Foi o que procurei fazer no meu livro.
Seria uma maneira do programa Bem Estar neutralizar o trabalho deletério da doceira Ana Maria Braga que todo dia divulga porcarias açucaradas para, infelizmente, dezenas de milhões de pessoas.
O açúcar é o produto químico adicionado aos alimentos que deu origem à era das doenças degenerativas. Este blog pretende ser uma enciclopédia sobre a sacarose refinada (ou bruta). O ideal seria que fosse proibida a adição de açúcar aos alimentos, mas enquanto isso não acontece convidamos as pessoas a, individualmente, DAR AS COSTAS AO AÇÚCAR e verificar o que acontece à sua saúde.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
MALES E "BENEFÍCIOS" DO AÇÚCAR
O doutor Dráuzio Varella não consome açúcar há décadas. Provavelmente ele leu Sugar Blues de William Dufty. Eu sempre dei pela falta de um texto dele sobre açúcar em seu blog. Agora descobri que no site dele (drauziovarella.com.br) tem um artigo sobre açúcar que reproduzo aqui e comento:
A autora do artigo é TAINAH MEDEIROS.
"Evitar doces é uma tarefa quase impossível para muitos. Além do sabor agradável, a guloseima serve muitas vezes como um calmante emocional, principalmente para mulheres em época de TPM (Tensão Pré-Menstrual). Ricos em açúcar e com alto valor glicêmico (energético), os quitutes ajudam na produção de serotonina, hormônio encarregado de regular o humor, mas o excesso pode trazer quilos a mais e insuficiência de insulina.
A nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade), explica que antes de o açúcar cair na corrente sanguínea, ele passa pelo pâncreas, glândula que secreta insulina para quebrar a glicose e controlar a quantidade que irá chegar à corrente sanguínea. ”Quando o alimento contém muito açúcar, a insulina encontra dificuldades para fazer seu trabalho e acaba deixando grande quantidade de glicose ir para o sangue”, explica Psiciolaro.
A endocrinologista Lívia Lugarinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, explica que quando se consome muito açúcar, o corpo reage negativamente. “No começo, o pâncreas tende a produzir mais insulina para normalizar as taxas, mas depois ele começa a não dar conta de tanta demanda. A produção do hormônio da insulina começa a entrar em falência parcial, produzindo pouco hormônio, ou total, quando deixa de ser produzido. Se ela não funciona, a glicose vai em excesso para corrente sanguínea, o que resulta em diabetes” explica Lugarinho. As consequências da diabetes são muitas, entre elas problemas neurológicos, cardiovasculares, nos olhos e nos rins.
Há ainda o risco de obesidade. Os doces são carboidratos altamente calóricos e ricos em gordura, que têm como função dar disposição e energia. Quando a quantidade ingerida passa da conta e as atividades da pessoa não são suficientes para usar todas essas calorias, porém, o excesso é revertido em tecido adiposo para ser armazenado. Além de uma possível insatisfação com a aparência, o acúmulo de gordura corporal pode levar a doenças graves como hipertensão e outras cardiopatias.
O lado bom do açúcar
“O açúcar é a forma mais rápida de fornecer glicose para o corpo”, diz Pisciolaro. Esse componente é essencial para o funcionamento do cérebro, da retina e dos rins. “Quando ficamos com deficiência de glicose (condição conhecida como hipoglicemia), sentimos dor de cabeça e os olhos começam ficar vertiginosos”, explica Lugarinho.
A glicose ainda auxilia na proliferação das Bifidobactérias e dos Lactobacillus sp. Essas bactérias compõem a flora intestinal e contribuem para a eliminação de bactérias nocivas como a Escherichia coli e o Clostridium. Sem contar que o açúcar é uma importante fonte de cálcio, fósforo, ferro, cloro, potássio, sódio, magnésio e de vitaminas do complexo B.
Mas isso não significa que doces precisam fazer parte do cardápio diário. O açúcar é encontrado também em frutas e em fontes salgadas, como massas, pães e bolachas. “O ideal é que a pessoa não consuma doces e faça uso do açúcar dos outros alimentos”, reforça Lugarinho.
Pisciolaro discorda. “Por questões sociais, é quase impossível cortar os doces da dieta. Temos que pensar nas situações do cotidiano. Você vai a uma festa, ver um monte de guloseima, como não ficar com vontade? A pessoa pode se dar o prazer de consumi-lo, não é errado, só tem que maneirar”.
Não existe uma quantidade ideal de açúcar para ser consumida diariamente, mas a nutricionista dá uma ideia dos limites. “Você pode comer até duas colheres de doce de leite por dia, dois brigadeiros, uma latinha de refrigerante ou uma fatia pequena de pudim, por exemplo. Sem extrapolar”.
MEU COMENTÁRIO: A nutricionista Fernanda Pisciolaro, da ABESO, diz que o açúcar "passa pelo pâncreas" que secreta insulina "para quebrar a glicose". Isso está me cheirando a samba do crioulo doido. O açúcar (sacarose refinada) não passa pelo pâncreas e quem "quebra" a sacarose são as sacaridades (enzimas pancreáticas) e não a insulina (hormônio endócrino), cujo papel é "empurrar" a glicose para dentro dos músculos. Ainda segundo essa nutricionista aloprada o açúcar (sacarose refinada) "É a forma mais rápida de fornecer glicose". Não pode ser porque o "açúcar" fornecido pelas frutas (glicose e frutose) são absorvidos DIRETAMENTE pelo organismo (a glicose, a frutose tem um mecanismo de absorção diferente, mais lento) enquanto que o maldito do açucareiro ainda terá que ser "quebrado" pelas enzimas pancreáticas (em glicose e frutose).
A nutricionista Lívia Lugarinho tem a cabeça no lugar e recomenda que "O ideal é que a pessoa não consuma doces". E complementa: "E faça uso do açúcar de outros alimentos". Querendo dizer com isso que o "açúcar" que interessa ao corpo não é o do açucareiro e sim os fornecidos pelos cereais (o amido) e pelas frutas (glicose e frutose). O açúcar do açucareiro que faz parte dos doces, sorvetes, iogurtes e bolos é uma porcaria causadora de cárie, diabetes e obesidade.
domingo, 3 de novembro de 2013
CLUBE DES SOMMELIERS DE MEIA TIGELA
O Clube des Sommeliers é uma invenção dos Supermercados Pão de Açúcar. Desse Clube só conheço o nome. Não sei quantos sommeliers dele fazem parte ou quem são. Só vejo a marca em garrafas de vinho. Se um vinho é recomendado por um coletivo de sommeliers, isso é indicativo de que aquele vinho é bom. E que a gente pode comprar esse vinho sem medo.
Mas isso não é verdade. A marca do Clube des Sommeliers é encontrável em vinhos suave. "Suave" neste caso é um termo enganador. Suave é vinho com açúcar. E vinho desde os tempos bíblicos é uma bebida obtida da fermentação de uvas. Apenas isso. Usar AÇÚCAR DE CANA como ingrediente de vinho é uma forma de adulteração do vinho. Dânio Braga disse no livro que escreveu juntamente com Célio Alzer: "Adicionar açúcar ao vinho é fraude". Dânio Braga é o fundador da ABS -Associação Brasileira de Sommeliers. Meu amigo o enólogo Miguel Ângelo Vicente de Almeida retrucou que "fraude" era quando a lei é desrespeitada. Mas no caso da frase de Dânio e Célio não se trata do aspecto jurídico da coisa, e sim de CORRUPÇÃO DO VINHO COM ELEMENTOS ESTRANHOS.
No que depender da lei os brasileiros estão fritos. Porque a lei que regulamenta a produção de vinhos no país é um monstrengo jurídico, desses que resultam de leis escritas por raposas para serem aplicadas ao galinheiro. Imagine que pela lei brasileira, um vinho espumante tipo BRUT contém açúcar. Para se livrar do açúcar de cana você terá que optar pelo EXTRA BRUT. No caso do vinho "licoroso" (argh, uma bosta dessa é vinho?) a lei não impõe um limite, um TETO para a adição de açúcar, mas (pasmem), um PISO. Se o produtor quiser usar 99% de açúcar ele usa. Kkkkkkkkkkkkk
Mas isso não é verdade. A marca do Clube des Sommeliers é encontrável em vinhos suave. "Suave" neste caso é um termo enganador. Suave é vinho com açúcar. E vinho desde os tempos bíblicos é uma bebida obtida da fermentação de uvas. Apenas isso. Usar AÇÚCAR DE CANA como ingrediente de vinho é uma forma de adulteração do vinho. Dânio Braga disse no livro que escreveu juntamente com Célio Alzer: "Adicionar açúcar ao vinho é fraude". Dânio Braga é o fundador da ABS -Associação Brasileira de Sommeliers. Meu amigo o enólogo Miguel Ângelo Vicente de Almeida retrucou que "fraude" era quando a lei é desrespeitada. Mas no caso da frase de Dânio e Célio não se trata do aspecto jurídico da coisa, e sim de CORRUPÇÃO DO VINHO COM ELEMENTOS ESTRANHOS.
No que depender da lei os brasileiros estão fritos. Porque a lei que regulamenta a produção de vinhos no país é um monstrengo jurídico, desses que resultam de leis escritas por raposas para serem aplicadas ao galinheiro. Imagine que pela lei brasileira, um vinho espumante tipo BRUT contém açúcar. Para se livrar do açúcar de cana você terá que optar pelo EXTRA BRUT. No caso do vinho "licoroso" (argh, uma bosta dessa é vinho?) a lei não impõe um limite, um TETO para a adição de açúcar, mas (pasmem), um PISO. Se o produtor quiser usar 99% de açúcar ele usa. Kkkkkkkkkkkkk
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