terça-feira, 28 de maio de 2013

O PROBLEMA ANA MARIA BRAGA
Aparentemente Ana Maria Braga não é um problema, é solução. Mulher bonita de voz agradável, um carinho mesmo para os ouvidos da gente. E apresenta um programa que informa e diverte. Um que achei interessante, mas perdi foi quando ela abriu uma refeição usada pelos militares no Morro do Alemão.
Mas o programa dela passa a ser um problema de saúde pública na medida em que é um divulgador de guloseimas açucaradas, Exerce uma ação pedagógica negativa ao induzir a população a se alimentar mal.
A divulgação pela televisão de receitas de alimentos é uma faca de dois gumes. Certa vez o Jornal Hoje divulgou uma receita de uma torta de bananas. Tal divulgação gerou uma demanda de 120 mil pedidos da receita. Ana Maria Braga se interessou e chamou a atenção para a tal torta no programa dela. Tratava-se da velha torta de bananas da avó da gente com uma "inovação" introduzida por uma empresária cearense: era encharcada de leite condensado
É bem verdade que o "Mais Você" já divulgou programas chamando a atenção para os malefícios do açúcar. Minto, os malefícios não, chamava a atenção para a "quantidade" de açúcar que todos estamos ingerindo. Infelizmente o povo não se aflige quando descobre que está ingerindo muito açúcar. Talvez o "marketing" antiaçúcar tenha que chamar a atenção para os "mecanismos" pelos quais o açúcar faz mal: cria uma placa bacteriana cariogênica na boca; placa esta que abriga bactérias como a helicobacter pylori e a bactéria causadora da gastrite crônica; por seu efeito osmolar provoca diarréia em bebês e aborto em grávidas, etc., etc., etc.
Voltando aos doces. Certa vez a gororoba do dia tinha como ingredientes: Biscoito recheado, Nescáu e Leite Moça. O sabor quem dava era o biscoito recheado que poderia ser de baunilha, chocolate ou morango... Menos saudável, impossível.
O trabalho desenvolvido por Ana Maria Braga a favor do açucaramento da dieta humana é tal que dava para escrever um livro. Ela divulga avanços da ditadura do açúcar como o cachorro quente com açúcar mascavo, geléia de azeitona, empadas e pizzas doces.
O Louro José se limita a apoiar esse festival de açúcar que assola o país: "É a dieta da lua", diz ele. (explicando a piada: trata-se de comer até ficar com a forma de uma lua cheia).
Agora, o pior é ter que ouvir o doutor Alfred Halpern, no programa que vem na sequência, o "Bem Estar": "Você pode comer açúcar!" Com dedo em riste e tudo! Tem certeza, doutor?


UNITERMOS: obesidade, dietas, saúde, açúcar, sacarose, frutose, diabetes, cárie dental, caries, nutrição, alimentação, doces, gastrite, diarréia, aborto.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

AÇÚCAR É UM VENENO William Coda Martin é o nome do médico que definiu o açúcar como veneno


     Em 1957, o Dr William Coda Martin escreveu o artigo: "When a Food is a Food- and When is a Poison",  publicado na Michigan Organic News, órgão da Michigan State University. Nesse trabalho ele tentou responder à pergunta: Quando é que comida é alimento e quando é veneno? O doutor William Martin partiu da seguinte definição de veneno:
    "Medicamente falando: veneno é qualquer substância aplicada ao 
corpo, ingerida ou desenvolvida no corpo, que cause ou possa causar doença. 
Fisicamente: Qualquer substância que iniba a atividade de um catalisador,substância química ou enzima, que desencadeie uma reação."


     O Dr Martin classificou o açúcar refinado como um veneno porque este foi esvaziado de suas forças vitais, vitaminas e minerais. "O que sobra consiste de carboidrato 
refinado puro. O corpo não pode utilizar esse carboidrato a não ser que proteínas, vitaminas e minerais estejam presentes" diz ele. 

    Quando consumimos alimentos naturais esses nutrientes estão presentes em cada alimento em quantidades suficientes para o uso pelo organismo ao metabolizá-lo. Não há excesso que possam ser usados pelo organismo para processar carboidratos esvaziados (naked) de nutrientes como o açúcar, o organismo é obrigado a se virar nesses nutrientes.
     Segundo o doutor William Coda Martin: 

    "O metabolismo de carboidratos incompletos resulta na formação de 'metabólitos tóxicos' tais como o ácido pirúvico e açúcares anormais contendo 5 átomos de carbono. O ácido pirúvico se acumula no cérebro e sistema nervoso e os açúcares anormais nas células vermelhas do sangue. Esses metabólitos tóxicos interferem com a respiração das células. Elas não conseguem oxigênio suficiente para sobreviver e funcionar normalmente. Com o tempo, algumas células morrem. Isto interfere coma função de uma parte do corpo e é o começo da doença degenerativa."


    O doutor William Martin nasceu em 1905, não consegui mais dados sobre ele que encontram-se no portal Ancestry. Publicou vários livros entre eles: The technological changes in today's nutrition e The Health of the Nation.  Em 1955 ele prefaciou um importante livro: Our daily poison: The Effects of DDT, Fluorides, Hormones and Others Chemicals on Modern Man de Leonard Wickenden.






  Um médico dessa importância merecia uma estátua de bronze e dar nome a universidades e centros de pesquisa. Mas ele foi condenado ao esquecimento. A Wikipedia o ignora.
 Vejam a importância dele:
a) Definiu o açúcar como sendo um veneno. A medicina à serviço dos traficantes de açúcar acha que é apenas um carboidrato;
b) Tocou no tema da glicação não-enzimática de proteínas (reação de Maillard) explicando o mecanismo de ação e nenhum pesquisador deu continuidade às pesquisas. Os antolhos colocados pelos traficantes de açúcar funcionam pra valer;
c) Sua definição de veneno atirando no que viu acertou até no que não viu. Por essa definição os "medicamentos" da indústria farmacêutica, herdeira do IG Farben, podem ser considerados venenos. O modus operandi desses medicamentos sintéticos é exatamente agir nas enzimas com o objetivo de "bloquear", "inibir", etc. uma reação que iniba uma dor ou quejando, mas que não cure o doente.
    

quinta-feira, 2 de maio de 2013

NOVAS EVIDÊNCIAS SOBRE AÇÚCAR E DIABETES


    "O estudo publicado esta semana na revista PLoS ONE sugere que a ingestão de açúcar poderia estar mais ligada ao diabetes tipo 2 do que se acreditava até então. [A ração açucarada que alimenta a raça humana responde pela era das doenças crônicas, metabólicas e degenerativas. A pandemia de cárie dentária e de diabetes tipo 1 e 2 para começo de conversa. A pesquisa universitária um dia chegará a essas conclusões].
      "Por anos, os pesquisadores se apoiaram em uma ligação indireta entre o consumo de açúcar e o diabetes. O açúcar, assim como qualquer outro alimento rico em calorias, estaria relacionado ao ganho de peso e, em conjunto com o estilo de vida, poderia levar ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. [Os "pesquisadores" (médicos e nutricionistas) ignoravam o fato de que lutadores de sumô e os habitantes do  Reino de Tonga são obesos e saudáveis. A obesidade não é trampolim para o diabetes].
     "Acontece que uma proporção pequena, mas ainda assim notável, de pessoas com diabetes tipo 2 não estão acima do peso ou são obesos, e até 40% de pessoas com peso normal mostrar sinais de síndrome metabólica, um conjunto de distúrbios metabólicos que predispõe as pessoas ao diabetes. [Um paradoxo para a medicina].
     "Então, o que estaria acontecendo? Esta nova evidência epidemiológica publicada na revista PLoS ONE, sugere que a ingestão de açúcar poderia estar diretamente associada com o risco de diabetes. A pesquisa não refuta o caminho do diabetes via obesidade causado por um conjunto de fatores que inclui o consumo exagerado de açúcar, em vez disso, ele sugere que comer muito açúcar é mais uma maneira de desenvolver diabetes [Pra mim é um one way] .
     "Os pesquisadores, que são de Stanford, UC-Berkeley e UC-San Francisco, analisaram por uma década os dados sobre a disponibilidade de açúcar nos alimentos e as taxas de diabetes nas populações de 175 países. Eles usaram novos métodos estatísticos derivados do campo da econometria para controlar diversos fatores que poderiam fornecer explicações alternativas para a relação entre a ingestão de açúcar e o diabetes, incluindo o comportamento, a obesidade, o sobrepeso, outras fontes de calorias, e uma longa lista de medidas socioeconômicos. Os controles estatísticos eram mais sofisticados do que os normalmente usados em pesquisa biomédica. 
     "A investigação mostrou que o aumento de 150 calorias de açúcar foi associado com um aumento de 1% na taxa da população com diabetes. Um refrigerante em lata contém cerca de 150 calorias de açúcar. 
     "A pesquisa mostra que quanto mais a população é exposta ao excesso de açúcar, maior a taxa de diabetes. Além disso, a taxa de diabetes caiu ao longo do tempo quando a disponibilidade de açúcar caiu, independente de mudanças para o consumo de calorias, atividades físicas ou outros fatores relacionados à obesidade. [Este parágrafo negritado por mim é de uma clareza meridiânica].
     "As descobertas não provam que o açúcar causa diabetes, enfatizam os autores do estudo, traz dados do mundo real, além dos ensaios de laboratório, a serem ainda mais investigados. [Este último parágrafo é o famoso "pero no mucho" para quebrar a força do parágrafo anterior].
Obs: Os textos entre colchetes em itálico e os negritos são de Fernando Carvalho
Fonte/informação: ABESO- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA O ESTUDO DA OBESIDADE E DA SINDROME METABÓLICA

CARBOIDRATOS SIMPLES E COMPLEXOS

          Muita gente ainda faz confusão com esses conceitos. Já vi num vídeo o professor Lair Ribeiro referir-se à sacarose (açúcar de cana) como a um "açúcar simples". Ainda hoje muitos autores referem-se ao açúcar do açucareiro como sendo um “açúcar simples”. Estão enganados. Açúcar simples é um conceito científico. Simples são os açúcares que não são hidrolisáveis a unidades menores, espécies de "átomos" de açúcar que não podem mais ser divididos (se uma molécula de açúcar simples for dividida obteremos carbono, hidrogênio e oxigênio, o famoso CHO), não é o caso da sacarose que pode ser hidrolisada e dividida em duas outras moléculas uma de glicose e outra de frutose. As frutas e o mel são fontes naturais e saudáveis de açúcares simples. O açúcar refinado de cana é uma substância química pura que é nociva à saúde humana. E a sacarose encontrada naturalmente nas frutas é geralmente residual posto que sua finalidade na planta é se transformar em glicose e frutose.
          Chamam-se também os açúcares simples de monossacarídeos por constituírem uma unidade. Exemplos desses açúcares são glicose, frutose, manose e galactose. Se você ligar dois monossacarídeos por meio de uma ligação glicosídica terá um dissacarídeo, exemplos: sacarose, maltose e lactose; se ligar três terá um trissacarídeo, e assim por diante. Todos eles são chamados também de “açúcares”. A confusão existe por conta de uma tentativa da ciência da nutrição de criar o conceito de oligossacarídeo. Para se determinar o que seria um oligossacarídeo teve que se apelar para o arbítrio e se escolher um número de monômeros que designasse um oligossacarídeo. Segundo alguns autores os açúcares constituídos de dois até seis monossacarídeos são chamados de oligossacarídeos (Já o clássico Krauze em "Alimentos, nutrição e dietoterapia" fala em até 20 monossacarídeos). De seis (ou 20) para cima são os polissacarídeos: por exemplo, amido e celulose no reino vegetal e glicogênio no animal. 
        Essa confusão interessa à ditadura do açúcar que procura vender a sacarose, um produto químico puro e nocivo que é adicionado aos alimentos, como um açúcar natural entre outros.